Quinta-feira, 13 de Abril de 2006
Hoje temos a manha livre para descansar ou para irmos fazer umas compras, mas pequeno-almoço, a Milu falou-nos de que havia a possibilidade de irmos fazer um passeio para vermos uma comunidade de índios local.
Decidimos inscrever no passeio, para pudermos conhecer um pouco mais sobre a cultura argentina.
Veio um autocarro buscar-nos ao hotel e o local a visitar ficava a uma pequena distancia do nosso hotel, mas mesmo junto à praia.
Que vista maravilhosa, o azul do Lago Argentino e o azul do céu com as montanhas mesmo ali à nossa frente cobertas de branco.
Fomos recebidos pelo dono da casa/café que se tornou nosso guia, parecia um hippe, com o cabelo em rasta. Levou-nos a conhecer uma tenda, onde já viveram os últimos índios da Patagónia, os Mapuches.
Nas grutas conseguimos ver gravuras que os índios gravaram nas paredes uns anos atrás, como por exemplo, mãos pintadas com tinta, através de negativo e outros em positivo, a posição das mãos indica que possivelmente foi feito quando a mulher estava em trabalho de parto, tudo indica que a mulher se encontrava deitada no chão, com a rocha por trás dela e a mulher estendia os braços para a parede para fazer força.
Também vimos uma campa de um índio, e o guia indicou-nos que para o corpo caber dentro do buraco e ficasse em posição fetal, os seus companheiros tinham que partir a coluna vertebral.
Já no hotel, onde já à alguns dias andava a apreciar um gorro típico da Argentina, que se encontrava na montra da loja, decidi que era uma boa escolha para eu trazer para Portugal como recordação de umas ferias inesquecíveis.
Depois do almoço no hotel (a última refeição em El Calafate), preparamos as nossas malas para irmos para o aeroporto, hoje temos vôo marcado para San Carlos de Bariloche,
O vôo foi rápido e sem problemas… mas estes aconteceram quando chegamos ao aeroporto e fomos buscar as malas. A mala da Fátima já vinha rasgada e íamos aproveitar para fazer a reclamação neste aeroporto, para ser reembolsada. Mas acontece que agora foi a vez da minha mala, vinha com a roda quase arrancada e quando mais tarde a abri no hotel para tirar toda a roupa para fora, verifiquei que o seu interior estava todo partido, as partes laterais da mala foram todas dobradas.
Fomos com o Diego reclamar no representante da companhia aérea, o estado das nossas malas, e indicaram que da minha mala não podiam aceitar a reclamação, mas o Diego insistiu e lá aceitaram, mas tarde indicou-nos que os argentinos só funcionam com uma certa persuasão, teve que os obrigar a aceitar que a minha mala precisava de reparação e que o arranjo tinha que ser suportado por eles.
Como amanhã é Sexta-feira Santa (Páscoa) e é também feriado na Argentina e quase todas as lojas estão fechadas, no Sábado o Diego vai ter que voltar à companhia aérea para dar continuação à reclamação.
Chegamos a San Carlos de Bariloche, já é de noite, o nosso hotel é muito bonito e mal tínhamos entrado e já o jantar estava a ser servido.
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