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Sim, provavelmente já viu o filme. mas ao ler o livro que lhe deu origem, a imaginação permite outros voos, que não passam necessariamente pelas caras (e corpos) de Mickey Rourke e Kim Basinger. Elisabeth McNeill é um pseudónimo que oculta a identidade de uma mulher de negócios nova-iorquina que, em 1978, revelou aqui as memórias de uma aventura sexual obsessiva, com padrões próximos do sadomasoquismo, com um homem que conheceu casualmente.
Nove Semanas e Meia é igualmente cativante. Este livro é sobretudo a exposição de uma relação amorosa, em que o homem exerce um poder demasiado grande sobre a mulher, que loucamente apaixonada é capaz de fazer qualquer coisa por ele. De repente, a dor que ela achava repugnante torna-se um prazer, simplesmente porque o agrada. É talvez complicado perceber porque é que esta mulher não abandonava uma relação que ia longe demais nas suas fantasias, mas o que ela sentia por ele ultrapassava a paixão. E ele fazia tudo, mesmo tudo, por ela, portanto cabe ao leitor julgar a posição de ambos.
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