"Orgulho e Preconceito" é, sem dúvida, uma das obras em que melhor se pode descobrir a personalidade literária de Jane Austen.
Com o fino poder de observação que lhe era peculiar, a autora dá-nos um retrato impressionante do que era o mundo da pequena burguesia inglesa do seu tempo:um mundo dominado pela mesquinhez do interesse, pelo orgulho e preconceitos de classe.
Esses "orgulho" e "preconceito" que, no romance, acabam por ceder o passo a outras razões com bem mais fundadas raízes no coração humano.
Uma obra intemporal.
Em “Orgulho e Preconceito” a autora retrata a sociedade britânica do século XIX, através das relações de uma família com os mais variados intervenientes. Através das suas personagens a autora vai demonstrando algumas das suas opiniões e convenções da época, sempre de forma subtil.
As personagens nucleares são Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, em torno dos quais se desenvolve a maior parte dos acontecimentos.
O próprio título indicia o que acontece na história: Elizabeth é uma jovem não muito rica que vive no seio da sua família de sete elementos (os pais e quatro irmãs) na qual só ela, o pai e a sua irmã e confidente Jane parecem revelar algum bom senso. As vidas de Elizabeth e de Mr. Darcy cruzam-se e a primeira impressão que têm um do outro é de imediata antipatia, grande parte devido a mentiras e equívocos. Não obstante, ao longo do romance a admiração de Mr. Darcy em relação a Elizabeth vai crescendo, reconhecendo nesta um espírito crítico e astuto acompanhado por um beleza natural. Vários episódios os reúnem e Mr. Darcy chega mesmo a declarar-lhe o seu amor, mas a repulsa vem por parte de Elizabeth, guiada pelo orgulho. A verdade é que Mr. Darcy, apesar de a amar, ainda não tinha abandonado por completo o Preconceito em relação à família de Elizabeth. Finalmente, todos os equívocos são desfeitos e, depois de ultrapassados o Orgulho e o preconceito, podem amar-se e casar.
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