“O amor tem um gosto maravilhoso, lembra-te de que é preciso dar para receber; lembra-te de que é preciso sermos nós mesmos para poder amar.
Meu filho, tem confiança no teu instinto, sê fiel à tua consciência e às tuas emoções, vive a tua vida, só tens uma. És doravante responsável por ti mesmo e por aqueles que amares. Sê digno, ama, não percas esse olhar que tanto nos unia quando partilhávamos a aurora. Lembra-te das horas que passávamos juntos a podar as roseiras, a perscrutar a lua, a aprender o perfume das flores, a escutar os barulhos da casa para os compreender. Estas são coisas simples, por vezes fora de moda, mas não deixes que as pessoas amarguradas ou entediadas desvalorizem esses instantes mágicos – para aquele que sabe vivê-los. Esses momentos têm um nome, Arthur, «deslumbramento», e só depende de ti que a tua vida seja um deslumbramento. É o melhor sabor dessa longa viagem que está à tua espera.”
“Falavam pouco um com o outro, pelo menos enquanto eu estava acordado, mas eram terrivelmente cúmplices. Compreendiam-se através do olhar. Nos seus silêncios comuns, trataram de curar todas as violências da vida. Reinava uma paz entre aqueles dois seres que era desconcertante. Como se cada um deles considerasse como dever sagrado nunca mais conhecer a irritação ou a revolta.”
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