Trata-se de uma obra leve e descontraída sobre a vida e aventuras de dois personagens quase esquecidos da História de Portugal, mais especificamente da Época das Descobertas. São personagens reais se bem que quase todo o enredo seja ficcionado.
Gonçalo Enes ficou na História pela descoberta das grutas de Tassili N’Ajjer.
Trata-se de um jovem órfão de pai, nascido e criado na aldeia algarvia de Bensafrim.
Encantado pela estrela Sirius, que o ilumina e encanta durante toda a vida, o jovem Gonçalo, desiludido por um amor impossível, abre o seu destino às incríveis aventuras do Império que El-rei D. Afonso sonhava construir.
Pelas aldeias indígenas de África, pelas cidades encantadas de Marrocos, pelas areias misteriosas do deserto, Gonçalo leva consigo o espírito de aventura e coragem que transformou este pequeno país num mundo inteiro de esperança e riqueza.
Fica, desta “estória”, o encanto de um tempo ido, em que a pobreza se enganava com grandes sonhos, do tamanho do Império. Um livro belo e fresco, descontraído, sem ambições mas que encanta pela extraordinária simplicidade e singeleza da escrita de Rosa Lobato Faria.
Gonçalo, mal-amado e desprezado, vive no sonho, mas um sonho que o faz feliz. A amizade, a camaradagem, a fidelidade ao sonho são valores que fazem dele um herói, mesmo que esquecido pela História, como tantos outros que, anonimamente, construíram as páginas mais brilhantes da nossa história.
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Gostei muito de ler o meu primeiro livro de Rosa Lobato Faria, o estilo inconfundível num romance histórico de quebrar o coração.
Sobre a escritora
Rosa Lobato de Faria (Lisboa, 20 de Abril de 1932) é uma actriz, escritora e autora portuguesa. O percurso de Rosa Lobato de Faria divide-se entre a Literatura, a Televisão, o Teatro e o Cinema.
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Escreveu mais de uma dezena de romances.
O Pranto de Lúcifer (1995),
"Os Pássaros de Seda" (1996),
"Os três Casamentos de Camilla S." (1997),
Romance de Cordélia (1998),
O Prenúncio das Águas (1999 que lhe valeu o prémio Máxima de literatura em 2000),
"A Trança de Inês (2001),
"O Sétimo Véu" (2003),
"Os Linhos da Avó" (2004), e
"A Flor do Sal (2005).
Mais recentemente participou nas obras
"Os Novos Mistérios de Sintra" e
"O Código D'Avintes" conjuntamente com seis escritores.
Escreveu também alguns contos infantis, entre os quais:
A Erva milagrosa,
As quatro Portas do Céu e
Histórias de Muitas cores.
Alguns dos seus romances estão traduzidos em França e na Alemanha, e está representada em várias colectâneas de contos de Portugal e no estrangeiro.
Para o teatro escreveu as peças A Hora do Gato, Sete Anos – Esquemas de um Casamento e A Severa (adaptação da peça de Júlio Dantas) e como actriz representou A Gaivota e Celestina.
A sua experiência cinematográfica passa pela participação nos filmes Tráfico e A mulher que acreditava ser Presidente dos EUA de João Botelho, assim como nos filmes Barão de Altamira e Perdido por Cem. Actualmente faz parte do elenco da série cómica Aqui Não Há Quem Viva.
Para televisão, escreveu Telhados de vidro, Passerelle, Nem o Pai morre..., Pisca-Pisca, Tudo ao Molho e Fé em Deus e Trapos e Companhia. Como actriz, actualmente dá vida à personagem Conceição em Aqui não há quem viva, mas já participou em inúmeras novelas e séries, das quais destacam-se:
Ninguém como Tu,
A minha sogra é uma bruxa,
Crime na pensão estrelinha II,
Humor de Perdição,
Telhados de Vidro,
Palavras Cruzadas,
Origens e Vila Faia.
Para além de actriz, também foi apresentadora dos programas Chá das 5 e Cartas de Amor. É autora da letra do hino do CDS-Partido Popular e da Juventude Popular.
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