segunda-feira, agosto 11, 2008

A Estrela de Gonçalo Enes - Rosa Lobato Faria

Comecei a ler o livro dia 08/08/2008 e acabei no dia 11/08/2008.


Trata-se de uma obra leve e descontraída sobre a vida e aventuras de dois personagens quase esquecidos da História de Portugal, mais especificamente da Época das Descobertas. São personagens reais se bem que quase todo o enredo seja ficcionado.

Gonçalo Enes ficou na História pela descoberta das grutas de Tassili N’Ajjer.
Trata-se de um jovem órfão de pai, nascido e criado na aldeia algarvia de Bensafrim.
Encantado pela estrela Sirius, que o ilumina e encanta durante toda a vida, o jovem Gonçalo, desiludido por um amor impossível, abre o seu destino às incríveis aventuras do Império que El-rei D. Afonso sonhava construir.
Pelas aldeias indígenas de África, pelas cidades encantadas de Marrocos, pelas areias misteriosas do deserto, Gonçalo leva consigo o espírito de aventura e coragem que transformou este pequeno país num mundo inteiro de esperança e riqueza.

Fica, desta “estória”, o encanto de um tempo ido, em que a pobreza se enganava com grandes sonhos, do tamanho do Império. Um livro belo e fresco, descontraído, sem ambições mas que encanta pela extraordinária simplicidade e singeleza da escrita de Rosa Lobato Faria.
Gonçalo, mal-amado e desprezado, vive no sonho, mas um sonho que o faz feliz. A amizade, a camaradagem, a fidelidade ao sonho são valores que fazem dele um herói, mesmo que esquecido pela História, como tantos outros que, anonimamente, construíram as páginas mais brilhantes da nossa história.




Gostei muito de ler o meu primeiro livro de Rosa Lobato Faria, o estilo inconfundível num romance histórico de quebrar o coração.

Sobre a escritora

Rosa Lobato de Faria (Lisboa, 20 de Abril de 1932) é uma actriz, escritora e autora portuguesa. O percurso de Rosa Lobato de Faria divide-se entre a Literatura, a Televisão, o Teatro e o Cinema.



Escreveu mais de uma dezena de romances.
O Pranto de Lúcifer (1995),
"Os Pássaros de Seda" (1996),
"Os três Casamentos de Camilla S." (1997),
Romance de Cordélia (1998),
O Prenúncio das Águas (1999 que lhe valeu o prémio Máxima de literatura em 2000),
"A Trança de Inês (2001),
"O Sétimo Véu" (2003),
"Os Linhos da Avó" (2004), e
"A Flor do Sal (2005).

Mais recentemente participou nas obras
"Os Novos Mistérios de Sintra" e
"O Código D'Avintes" conjuntamente com seis escritores.

Escreveu também alguns contos infantis, entre os quais:
A Erva milagrosa,
As quatro Portas do Céu e
Histórias de Muitas cores.

Alguns dos seus romances estão traduzidos em França e na Alemanha, e está representada em várias colectâneas de contos de Portugal e no estrangeiro.

Para o teatro escreveu as peças A Hora do Gato, Sete Anos – Esquemas de um Casamento e A Severa (adaptação da peça de Júlio Dantas) e como actriz representou A Gaivota e Celestina.

A sua experiência cinematográfica passa pela participação nos filmes Tráfico e A mulher que acreditava ser Presidente dos EUA de João Botelho, assim como nos filmes Barão de Altamira e Perdido por Cem. Actualmente faz parte do elenco da série cómica Aqui Não Há Quem Viva.

Para televisão, escreveu Telhados de vidro, Passerelle, Nem o Pai morre..., Pisca-Pisca, Tudo ao Molho e Fé em Deus e Trapos e Companhia. Como actriz, actualmente dá vida à personagem Conceição em Aqui não há quem viva, mas já participou em inúmeras novelas e séries, das quais destacam-se:
Ninguém como Tu,
A minha sogra é uma bruxa,
Crime na pensão estrelinha II,
Humor de Perdição,
Telhados de Vidro,
Palavras Cruzadas,
Origens e Vila Faia.

Para além de actriz, também foi apresentadora dos programas Chá das 5 e Cartas de Amor. É autora da letra do hino do CDS-Partido Popular e da Juventude Popular.

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