quinta-feira, março 31, 2011

A criança que não Queria Falar - Torey Hayden

Comecei a ler este livro no dia 26/03/2011 e acabei no dia 30/03/2011.

Era uma criança de seis anos insociável, violenta, perdida num mundo de raiva e sofrimento... até encontrar uma jovem e brilhante professora.
Esta é a história verídica e comovente da relação entre uma professora que ensina crianças com dificuldades mentais e emocionais e a sua aluna, Sheila, de seis anos, abandonada por uma mãe adolescente e que até então apenas conheceu um mundo onde foi severamente maltratada e abusada. Relatada pela própria professora, Torey Hayden, é uma história inspiradora, que nos mostra que só uma fé inabalável e um amor sem condições são capazes de chegar ao coração de uma criança aparentemente inacessível.



Considerada uma ameaça que nenhum pai nem nenhum professor querem por perto de outras crianças, Sheila dá entrada na sala de Torey, onde ficam as crianças que não se integram noutro lugar. É o princípio de uma relação que irá gerar fortes laços de afecto entre ambas, e o início de uma batalha duramente travada para esta criança desabrochar para uma vida nova de descobertas e alegria. Desde a sua publicaçã o, em 1980, o livro já vendeu 8 500 000 exemplares no Reino Unido e foi traduzido em 27 línguas, tendo sido um bestseller em vários países.

Torey Hayden nasceu em 1951 em Livingston, Montana, nos Estados Unidos. Apesar de ter uma formação académica diversificada, dedicou grande parte da sua vida ao ensino especial e à escrita. Os seus livros, inspirados nas crianças e adultos que conheceu no decurso da sua actividade profissional, são bestsellers traduzidos para cerca de 30 línguas. Nesta colecção poderá encontrar os títulos A Criança Que não Queria Falar, A Menina Que nunca Chorava, Os Filhos do Afecto, Uma Criança em Perigo, Filhos do Abandono, A Força dos Afectos, A Prisão do Silêncio e A Luz de Um Novo Dia.

segunda-feira, março 28, 2011

Mozart - O Supremo Mago - Christian Jacq

Comecei a ler este livro no dia 23 e acabei no dia 25 de Março de 2011.

Tem pouco mais de sete anos, mas já viajou imenso para dar concertos em Praga, Viena, Frankfurt... e tem um segredo que o conforta quando está demasiado fatigado, um tesouro pessoal, um reino imaginário bem desenhado num mapa de que nunca se separa e onde ele é rei. Chama-se Wolfgang Amadeus Mozart, é uma criança prodígio que compõe para "encontrar as notas que se amam". É nessa altura que lhe é apresentado Thamos, conde de Thébas, que vem do Alto-egipto para iniciar o "Grande Mago" cuja obra evitará que a humanidade se envolva no caos. Thamos pressente que esse Mago pode ser Mozart. A partir desse momento, o homem e a criança jamais se separam. Mas conseguirá Thamos salvar Mozart das vicissitudes que se lhe apresentam? Christian Jacq revela-nos os laços estreitos que Mozart mantém com a Franco-Maçonaria e conta-nos a aventura espiritual bem como a vida secreta de um dos grandes génios da História.




Christian Jacq não á apenas um romancista que escreve sobre o antigo Egipto.
É um egiptólogo cujas investigações históricas foram galardoadas pela Academia Francesa e autor de numerosos romances históricos e ensaios de grande êxito.
A obra de Christian Jacq revela um notável domínio da técnica de ficcionista e, nomeadamente, do romance policial, o que faz dele um dos escritores franceses mais apreciados pelo grande público.

quarta-feira, março 23, 2011

Terra da Neve - Yasunari Kawabata

Comecei a ler este livro no dia 21/03/2011 e acabei no dia 22/03/2011.

Terra de Neve é a história de um amor de perdição passado no meio da desolada beleza da costa oeste do Japão, uma das regiões mais nevosas do mundo. É aí, numas termas isoladas de montanha, que o sofisticado Shimamura conhece a geisha Komako, que se entrega a ele sem remorsos, sabendo de antemão que a sua paixão não pode perdurar.



Yasunari Kawabata (Osaka, 11 de Junho de 1899 — Zuschi, 16 de Abril de 1972) foi um escritor japonês.

Foi o primeiro japonês a ser laureado com o Nobel de Literatura, em 1968.

Enquanto criança, Kawabata desejava tornar-se pintor, mas optou por se tornar escritor após publicar alguns contos durante o tempo em que frequentava o liceu.

Ainda jovem foi marcado por acontecimentos trágicos e pela solidão, ficando órfão com três anos, passando então a ser criado pelos avós, no campo. Perdeu a avó com apenas sete anos, a única irmã com nove anos e o avô com catorze.



Em 1920, ingressou na Universidade Imperial de Tóquio. Em 1921, fundou a revista Xin-Xicho (Pensamento Novo),e juntamente com Yokimitsu Riichi, fundou um jornal de letras – Bungei Jidai (Anais Literários) – que ajudava a promover um novo movimento literário, o Xinkankakuha (Sensações Literárias) que, segundo Kawabata e Yokomitsu, tinha como principais preocupações a apresentação de "novas sensações" na literatura, considerando a arte pura como missão primordial do escritor. Nessa revista publicou, em 1926, Izu no Odoriko ("A Dançarina de Izu"), uma história que explorava o erotismo do amor juvenil, com imagens líricas inspiradas em escrituras budistas e poetas medievais japoneses. Iniciara, porém, sua carreira como escritor com narrativas breves, mais tarde denominadas Tanagokoro no shôsetsu ("Contos da Palma da Mão"), hoje considerado um gênero típico de Kawabata.

Em 1931, já casado, mudou-se para Kamakura, antiga capital dos samurais, ao norte de Tóquio. O seu primeiro romance foi Yukiguni ("Terra de Neve" em Portugal e "O país das neves" no Brasil), começado em 1934 e publicado gradualmente de 1935 a 1937. Relata a história de amor entre um homem diletante da cidade de Tóquio e uma gueixa de uma povoação remota onde este encontra um refúgio do stress da sua vida citadina. Este romance colocou Kawabata imediatamente na posição de um dos escritores japoneses mais importantes e promissores, tornando-se o romance num clássico instantâneo que é, hoje, considerado uma das suas mais importantes obras-primas.

Apesar de, durante a Segunda Guerra Mundial, ter permanecido neutro, após o final da guerra, no fim dos anos sessenta, engajou-se em manifestações políticas, participou de campanhas de candidatos conservadores e condenou a Revolução Cultural chinesa. Iniciou em 1949 a série "Mil Garças", em que constam o célebre Senbazuru("Nuvens de Pássaros Brancos"), e Yama no Oto ("O Som da Montanha").

Outras obras suas são Nemurero Bijo ("A Casa das Belas Adormecidas"), Utsukushisa to Kanashimi to ("Beleza e Tristeza") e Koto ("Kyoto" em Portugal). No entanto o romance que Kawabata considerava ser o seu melhor foi Meijin, publicado entre 1951 e 1954.

Kawabata foi ainda membro da Academia Imperial e presidente do Pen Club do Japão, atuando em várias reuniões internacionais de escritores.

Ao receber o Nobel de Literatura de 1968, em seu discurso condenou o suicídio, lembrando vários amigos escritores que haviam morrido dessa forma. Em 1972, porém, em meio a um surto depressivo suicidou-se, em Zushi, perto de Yokohama.

segunda-feira, março 21, 2011

Um Refúgio para a Vida - Nicholas Sparks

Comecei a ler este livro no dia 18/03/2011 e acabei de ler no dia 20/03/2011.

Katie, uma jovem reservada e bonita, vai viver para a cidade de Southport, na Carolina do Norte, onde todos se interrogam sobre o seu passado. Que mistérios esconderá aquela mulher que parece determinada em encobrir os seus encantos e evitar novos laços afectivos? No entanto, e apesar de todas as suas reservas, Katie começa a criar raízes naquela pequena comunidade, à medida que uma nova amizade e um novo amor lhe vão fazendo baixar as defesas. Nicholas Sparks traz-nos uma protagonista fragilizada por um amor que se desvirtuou e que tem de aprender a lidar com as suas sequelas se quiser voltar a amar.



Nicholas Sparks nasceu em 1965 em Omaha, Nebraska. Cresceu em Fair Oaks na Califórnia e vive actualmente na Carolina do Norte com a família. Foi durante algum tempo delegado de informação médica até que Theresa Park, agente literária, decidiu começar a representá-lo, vendendo os direitos do seu primeiro romance O Diário da Nossa Paixão (The Notebook) à Warner Books. O sucesso foi imediato e a obra permaneceu durante 56 semanas consecutivas nos tops americanos. Seguiram-se livros como As Palavras que Nunca te Direi (Message in a Bottle) e Um Momento Inesquecível (A Walk to Remember), Corações em Silêncio (The Rescue) também eles sucessos editoriais de grandes proporções, tendo o primeiro sido adaptado para versão cinematográfica pelo próprio autor. Considerado o golden boy da ficção comercial americana é um autor consagrado internacionalmente pelo público

sexta-feira, março 18, 2011

Comprometida - Elizabeth Gilbert

Comecei a ler este livro no dia 14/03/2011 e acabei no dia 17/03/2011.

No final do seu bestseller Comer, Orar, Amar, Elizabeth Gilbert apaixonou-se por Felipe - um brasileiro com cidadania australiana que vivia na Indonésia quando eles se conheceram. Instalando-se na América, o casal jurou fidelidade eterna um ao outro, mas também jurou nunca, jamais, sob quaisquer circunstâncias, contrair matrimónio. (Eram ambos sobreviventes de divórcios difíceis. Não é preciso dizer mais.) Mas a providência interveio, um dia, sob a forma do Governo dos Estados Unidos da América, o qual - depois de apreender inesperadamente Felipe na travessia de uma fronteira americana - deu uma escolha ao casal: ou se casavam ou o Felipe nunca mais seria autorizado a entrar no país outra vez.



Críticas de imprensa

«É uma história irresistivelmente romântica, temperada por uma intuição invulgar e vibrante sobre o amor e o casamento.»
Booklist

«Em parte biográfico, e em parte estudo histórico e sociológico, Comprometida – Uma História de Amor mostra-nos o que Gilbert faz de melhor.»
The Independent

Elizabeth Gilbert nasceu no Connecticut em 1969. É autora de Pilgrims, uma colecção de contos nomeada para o prémio PEN/Hemingway, de Stern Man e de The Last American Man, nomeado para o National Book Award e para o National Book Critics Circle. Trabalhou na revista GQ e foi nomeada três vezes para o prémio National Magazine pela peculiaridade da sua escrita. Vive em Nova Jérsia com o marido, e está a prepar o seu próximo livro, acerca do casamento.



Opinião:
Apesar deste livro ser biográfico e parte estudo histórico e sociológico, sobre o casamento, é um livro bastante interessante.
É uma bela história de amor entre duas pessoas pessas (divorciadas), que a última coisa que queriam fazer era: casar. Mas por imposições legais e para ficarem juntas a viver nos EUA... tiveram mesmo que casar!!!

segunda-feira, março 14, 2011

Laços de Sangue - Charlaine Harris

Comecei a ler este livro no dia 09/03/2011 e acabei no dia 13/03/2011.

Depois do desastre natural do furacão Katrina e do horror criado pelo homem da explosão na cimeira de Vampiros, Sookie Stackhouse vive segura mas atordoada, ansiando que as coisas voltem ao normal. Mas o seu namorado, Quinn, é um dos desaparecidos. E as coisas mudam, quer isso agrade ou não aos lobisomens e aos vampiros do seu canto do Louisiana. Nas batalhas que se seguem, Sookie enfrenta perigo, morte... e, mais uma vez, a traição de alguém que ama. Mesmo que deixe de haver pêlo de lobo no ar e mesmo que o sangue frio dos vampiros deixe de jorrar, o seu mundo não voltará a ser o mesmo...



Hilariante e profundo... Com o toque seguro de um mestre, Harris consegue manipular o quotidiano para tornar as suas criaturas sobrenaturais muito mais perturbadoras."
Crescent Blues

"Este livro é uma mistura inteligente de momentos dolorosos, agradáveis, sérios, cépticos e inesperados... Um dos melhores romances sobre vampiros que li nos últimos tempos."
Locus

"O charme irreverente do mundo de Harris, com o seu humor e horror ocasionais, é o elemento que torna Sangue Fresco tão fascinante."
The Denver Post

"Harris escreve com competência e segurança."
The New York Times Book Review

"Uma autora de raro talento."
Publishers Weekly

«É impossível não adorar a sensual e vivaz Sookie, certamente uma das heroínas mais cativantes a guiar-nos pelo mundo das trevas em muito tempo. Possivelmente desde sempre.»
BookPage

Charlaine Harris escreve romances de mistério além dos livros de Sookie Stackhouse. Vive no Sul do Arkansas com o marido, três filhos, dois cães, dois furões e um pato. Leitora ávida, cinéfila moderada e halterofilista ocasional, o seu passatempo preferido é incentivar os filhos em desportos variados, instalada em bancadas desconfortáveis.

quarta-feira, março 09, 2011

Descobri que te Amo - Ann E. Cannon

Li este livro no dia 8 de Março de 2011.

Toda a gente tem segredos…
Ed é Sergio,ou é o contrário?Scout adora romances sentimentais…e Ed.Quark parece nunca se aperceber das pessoas à sua volta,até finalmente se apaixonar por…Scout.E o que esconde Elle,a rapariga dos sonhos de Ed?
Uma história doce sobre a vida e o amor.
Quatro vidas que se cruzam,quatro histórias de amor que nos levam a uma pergunta fundamental:será que o verdadeiro amor se esconde no seio de uma grande amizade?



Ann Edwards Cannon é autora de vários livros destinados ao público juvenil, bem recebidos quer pelos leitores, quer pela crítica. As suas obras foram distinguidas, entre outros, com os prémios Delacorte Press Prize for a First Young Adult Novel e ALA Best Book for Young Adults. Vive actualmente em Salt Lake City, no Utah, com o marido e os cinco filhos.

A Casa do Lago - Elizabeth Edmondson

Comecei a ler este livro no dia 27 de Fevereiro de 2011 e acabei no dia 07 de Março de 2011.

Duas mansões inglesas.
Um encontro que mudará tudo.



O Natal aproxima-se e todos os jornais londrinos falam da extraordinária vaga de frio que congelou os lagos no Norte do país. Deixando-se levar pela nostalgia, a jovem Alix Richardson abandona a cidade e regressa à mansão da família para passar a época festiva na companhia de Edwin, o seu irmão gémeo, e Perdita, a irmã mais nova. Três anos antes, Alix fugira dessa mesma casa, desesperada por se libertar da tirania da sua temível avó. Agora, ela está decidida a enfrentá-la, mas não vai ser a única a regressar: um a um, todos os membros da família Richardson e muitos dos seus amigos e conhecidos estão de volta para celebrar o Natal por entre a imensidão das montanhas e dos lagos gelados. No entanto, por detrás da aparente calma da vida familiar, pulsam velhos rancores, paixões e segredos. No ar pairam ainda demasiadas perguntas sobre o acidente de viação que, anos antes, vitimou a sua mãe e a sua irmã mais velha. Dotada agora de uma nova maturidade, Alix está preparada para descobrir a verdade, nem que para tal tenha de desenterrar os fantasmas do passado. Uma decisão que vai mudar a vida de todos …

Elizabeth Edmondson nasceu no Chile e cresceu em Calcutá e Londres, antes de ir estudar para Oxford. Divide actualmente o seu tempo entre Itália e Inglaterra. Está casada com um historiador de arte e tem dois filhos.



A história de A Casa do Lago foi inspirada por uma velha fotografia de uma excêntrica tia-avó e pelas ricas e abundantes memórias e histórias familiares da vida na região dos lagos na década de 1930. Na ASA estão também publicados, com grande sucesso, os seus romances Uma Villa em Itália e A Arte de Amar.

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Os Homens Que Odeiam as Mulheres - Stieg Larsson

Comecei a ler este livro no dia 17/02/2011 e acabei de ler no dia 26/02/2011.

O jornalista de economia MIKAEL BLOMKVIST precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro HANS-ERIK WENNERSTÖM e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium. Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. HENRIK VANGER, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer. Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem LISBETH SALANDER. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção. Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.

Millennium não é um livro policial no sentido habitual do termo. O estilo de Stieg Larson é minucioso, detalhado, lento. Como se dispusera de todo o tempo do mundo para apresentar aos leitores as personagens e tudo o que as rodeia. Detalhes, pequenas histórias, situações paralelas, descrições exaustivas. Minúcia no detalhe, em suma. (...) O que resulta de toda esta minúcia são personagens (...) com uma profundidade inabitual que se movem num cenário opressivo, dominado por uma inquietação latente que vem do passado. E de repente, (...) não havendo uma percepção imediata de tal, a trama desenrola-se a uma velocidade manifestamente superior e demonstra que o detalhe, afinal, não foi demais: o que se tinha por difuso revela-se abominável, o que se tinha por suspeito surge como demoníaco. Nada era o que parecia. Era pior. É quando se descobre que o pormenor conta, que Stieg Larson sabia exactamente quando e como encaixar todas as peças de um imenso puzzle (...) Escrito e descrito com mestria, este primeiro volume de uma trilogia promete.»
Luís C. Marinha
«[Larsson cria] um retrato poderoso e fiel deste tempo conflituoso e inquietante em que as mulheres são abusadas e as crianças e animais sujeitas a violência e maus tratos. [...] apesar deste policial ser duro e feroz com os ingredientes que são próprios do género, a verdade é que o autor não negou a sua cultura, mostrando uma preocupação saudável em relação aos problemas de consciência social e política com um olhar extremamente perspicaz no que diz respeito às várias patologias da mente do homem e da mulher contemporâneos.»
Helena Vasconcelos, Público


Stieg Larsson (1954-2004) foi jornalista e editor responsável da revista Expo. Foi um dos maiores peritos mundiais no estudo de movimentos antidemocráticos, de extrema-direita e nazis. Morreu subitamente, pouco tempo depois de entregar à sua editora sueca os três volumes da trilogia Millennium. Tragicamente, não viveu para assistir ao fenómeno mundial em que a sua obra se transformou.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Viagem a Capri - Elizabeth Adler

Comecei a ler este livro no dia 08/02/2011 e acabei no dia 16/02/2011.

Quando o magnata inglês Sir Robert Waldo Hardwick morre de forma misteriosa num acidente de viação, deixa uma carta a nomear seis pessoas que suspeita lhe tenham desejado a morte. Daisy Keane e o investigador Harry Montana juntam-se para levar os suspeitos (e outros convidados como manobra de diversão) num fabuloso cruzeiro pelo Mediterrâneo, com todas as despesas pagas pelo falecido Sir Robert. O mistério aumenta à medida que vão aportando em Monte Carlo, Saint-Tropez e Sorrento. E as reviravoltas inesperadas são apenas o princípio. Por fim, chegam à bela Villa Belkiss em Capri, onde será lido o testamento de Sir Robert... e o assassino desmascarado. Com a beleza da paisagem do Yorkshire, as estâncias do Mediterrâneo e o magnífico iate de cruzeiro, mais a atracção intensa entre o solitário Harry Montana e a desconfiada Daisy, as paixões inflamam-se e o encanto da Villa Belkiss deslumbra. Ninguém escreve viagens maravilhosas ou suspense como Elizabeth Adler.
Todos estão convidados para bordo deste cruzeiro decadente pelo Mediterrâneo… onde nada é o que parece, ninguém diz a verdade e o homicídio paira nas mentes dos passageiros.



Elizabeth Adler é britânica. Autora de mais de vinte romances, é reconhecida internacionalmente pelas suas histórias envolventes que combinam de forma magistral mistério, amor e destinos de sonho. Os seus livros estão publicados em vinte e cinco países, com mais de quatro milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
A autora adora viajar e visita com frequência a Toscana, um dos seus destinos de eleição. Embora a localidade de Bella Piacere seja ficcional, muitos dos restaurantes, lojas e hotéis mencionados em Romance na Toscana, o seu segundo livro a ser publicado em Portugal, são reais.
Adler e o marido viveram em vários países até que fixaram residência em La Quinta, Califórnia, onde passam dias tranquilos na companhia dos seus dois gatos.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Estou com vontade de ...

Comer um gelado com as seguintes coisas por cima :






terça-feira, fevereiro 08, 2011

Monster High - Lisi Harrison

Comecei a ler este livro no dia 02/02/2011 e acabei no dia 07/02/2011.

Frankie Stein fica em pulgas quando os seus pais lhe dizem que está pronta para ir para a escola. Frankie tem muitas expectativas para o liceu - fazer amigos, fazer brilhar o seu espectacular guarda-roupa em público... Frankie passara toda a sua vida (os seus 15 dias de existência) no laboratório do pai, e os seus únicos amigos são os Glitterati (os seus ratos de estimação) e os seus pais.



Para além da pele verde, dos parafusos no pescoço e das costuras que lhe seguram os membros, não há nada de estranho nela. Mas Frankie fica muito preocupada quando descobre que ela e os outros monstros vão ter que se misturar com os normais.

Lisi Harrison (born Elyse E. Harrison on July 29, in Toronto, Canada[2]) is a Canadian author of young adult novels.

Lisi Harrison was born in Toronto, Canada to Shaila and Ken Gottlieb. Up until ninth grade she went to a local Hebrew school, then switched to Forest Hill Collegiate, a public high school. When she was eighteen she moved to Montreal to become a film major in McGill University. However, after only two years in McGill she left with the full intention of being a writer as opposed to a filmmaker.



She transferred to Emerson College, in Boston, where she eventually graduated with a Bachelor of Fine Arts in Creative Writing. Soon after graduating, Harrison managed to get a casting job on an MTV game show called Lip Service. For twelve years, she worked at MTV and worked her way up to Head Writer and then, Senior Director of Development. While still working in MTV, she wrote the first two books of her Clique series: The Clique and Best Friends For Never. By June in 2004, she had quit her job and was planning to write full time. In January, 2007 Lisi left New York City and moved to Laguna Beach, CA, where she currently resides.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

O Deus das Pequenas Coisas - Arundhati Roy

Comecei a ler este livro no dia 24/01/2011 e acabei no dia 02/02/2011

"O Deus das Pequenas Coisas" é a história de três gerações de uma família da região de Kerala, no sul da Índia, que se dispersa por todo o mundo e se reencontra na sua terra natal. Uma história feita de muitas histórias. A histórias dos gémeos Estha e Rahel, nascidos em 1962, por entre notícias de uma guerra perdida. A de sua mãe Ammu, que ama de noite o homem que os filhos amam de dia, e de Velutha, o intocável deus das pequenas coisas. A da avó Mammachi, a matriarca cujo corpo guarda cicatrizes da violência de Pappachi. A do tio Chacko, que anseia pela visita da ex-mulher inglesa, Margaret, e da filha de ambos, Sophie Mol. A da sua tia-avó mais nova, Baby Kochamma, resignada a adiar para a eternidade o seu amor terreno pelo Padre Mulligan.



Estas são as pequenas histórias de uma família que vive numa época conturbada e de um país cuja essência parece eterna. Onde só as pequenas coisas são ditas e as grandes coisas permanecem por dizer.
"O Deus das Pequenos Coisas" é uma apaixonante saga familiar que, pelos seus rasgos de realismo mágico, levou a crítica a comparar Arundhati Roy com Salmon Rushdie e García Márquez.

Arundhati Roy cursou arquitectura na Universidade de Deli e foi autora de guiões para séries televisivas e filmes. Com este seu primeiro romance – traduzido em dezasseis línguas e que constituiu um acontecimento literário em todos os países em que foi publicado – obteve o Booker Prize de 1997.

terça-feira, janeiro 25, 2011

A Mulher do Viajante no Tempo - Audrey Niffenegger

Comecei a ler este livro no dia 17/01/2011 e acabei de ler no dia 24/01/2011.

Audrey Niffenegger estreia-se na ficção com um primeiro romance absolutamente prodigioso. Revelando uma concepção inovadora do fenómeno da viagem temporal, cria um enredo intrigante e arrebatador, que alia com magistralidade a riqueza emocional a um apurado sentido do suspense. Este livro é, antes de mais, uma celebração do poder do amor sobre a tirania inflexível do tempo. Para Henry, essa inexorabilidade assume contornos estranhamente inusitados: ele é prisioneiro do tempo, mas não como o comum dos mortais. Cronos preparou-lhe uma armadilha caprichosa que o faz viajar a seu bel-prazer, para uma data e um local inesperados, onde aparece completamente desprovido de roupa ou de outros bens materiais. A Clare, sua mulher e seu grande amor, resta o papel de Penélope, de uma Penélope eternamente reiterada a cada nova partida de Henry para onde ela não pode segui-lo. Quando Clare e Henry se encontram pela primeira vez, ela é uma jovem estudante de artes plásticas de vinte anos e ele um intrépido bibliotecário de vinte e oito. Clare já o conhecia desde os seis anos… Henry acabava de a conhecer… Estranho?! Poderia parecer, não fosse a mestria de Audrey para tecer os fios do tempo com uma espantosa clareza. Intenso e fascinante, "A Mulher do Viajante no Tempo" é um livro inesquecível pela qualidade das reflexões que provoca, pela sensibilidade com que nos retrata a luta pela sobrevivência do amor no oceano alteroso do tempo. Na orla desse oceano, perscrutando o horizonte, ficará sempre Clare, à espera de um regresso anunciado…



Críticas de imprensa
"... um romance magistral, quer na concepção quer na feitura."
J.G.M., Expresso, 30 de Abril de 2005

Audrey Niffenegger was born in 1963 in the idyllic hamlet of South Haven, Michigan. Her family moved to Evanston, Illinois when she was little; she has lived in or near Chicago for most of her life.

She began making prints in 1978 under the tutelage of William Wimmer. Miss Niffenegger trained as a visual artist at the School of the Art Institute of Chicago, and received her MFA from Northwestern University’s Department of Art Theory and Practice in 1991. She has exhibited her artist’s books, prints, paintings, drawings and comics at Printworks Gallery in Chicago since 1987.

Her first books were printed and bound by hand in editions of ten. Two of these have since been commercially published by Harry N. Abrams: The Adventuress and The Three Incestuous Sisters.



In 1997 Miss Niffenegger had an idea for a book about a time traveler and his wife. She originally imagined making it as a graphic novel, but eventually realized that it is very difficult to represent sudden time shifts with still images. She began to work on the project as a novel, and published The Time Traveler’s Wife in 2003 with the independent publisher MacAdam/Cage. It was an international best seller, and has been made into a movie.

In 1994 a group of book artists, papermakers and designers came together to found a new book arts center, the Columbia College Chicago Center for Book and Paper Arts. Miss Niffenegger was part of this group and taught book arts for many years as a professor in Columbia College’s MFA program in Interdisciplinary Book and Paper Arts. She is now on the faculty of the Columbia College Fiction Writing Department. Miss Niffenegger has also taught for the Newberry Library, Penland School of Craft and other institutions of higher learning.

Miss Niffenegger is a founding member of the writing collective Text 3 (T3). Recent T3 endeavors include the litmag little Bang and some rather amusing dinner parties.

Miss Niffenegger’s second novel, Her Fearful Symmetry, was published in 2009 by Scribner (USA), Jonathan Cape (UK) and many other fine publishers around the world. In 2008 she made a serialized graphic novel for the London Guardian, The Night Bookmobile, which was published in book form in September, 2010. She is working on her third novel, The Chinchilla Girl in Exile.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Três Contos - Máximo Gorki

Comecei a ler este livro no dia 16/01/2011 e acabei de ler no dia 17/01/2011.



Máximo Gorki (Максим Горький), pseudônimo de Aleksei Maksimovich Peshkov (em russo, Алексей Максимович Пешков) (Nijni Nóvgorod,28 de março de 1868 – Moscovo, 18 de junho de 1936), foi um famoso escritor, romancista, dramaturgo, contista e ativista político russo. Gorki foi escritor de escola naturalista que formou uma espécie de ponte entre as gerações de Tchekhov e Tolstoi, e a nova geração de escritores soviéticos.

Gorki nasceu em um meio social pobre, em Nizhny Novgorod, cidade que em 1932 passou a se chamar Gorki por ordem de Stalin. O nome da cidade foi revertido para o nome original em 1991. Órfão de pai foi criado pelo avô materno que era tintureiro. Em 1878 quando sua mãe faleceu teve que deixar a casa do avô para ir trabalhar. Foi sapateiro, desenhista, lavador de pratos num navio que percorria o Volga, onde teve contato com alguns livros emprestados pelo cozinheiro, o que acabou despertando sua consciência política.



Em 1883, com apenas 15 anos, publica dois romances, Romá Gordieiev e Os Três; aos 16 anos, muda-se para Kazan, onde tenta cursar gratuitamente a universidade, porém, não consegue e, frustrado, vai trabalhar como vigia num teatro para sobreviver. Mais tarde torna-se pescador no mar Cáspio e vendedor de frutas em Astrakan. Como a situação não melhorava, decide ir em busca de melhores oportunidades, e viaja para Odessa com um grupo de marginais nômades que iam de cidade em cidade à procura de emprego. Assim, ele exerce várias profissões, sofre com a miséria, a fome e o frio. Aos 19 anos volta a morar em Kazan, onde, desesperado com a situação e sem vontade de continuar vivendo, tenta o suicídio com um tiro, o qual atinge um dos pulmões, mas sobrevive e para piorar mais a situação, adquire tuberculose. Mas essa experiência fatídica resultará anos depois em dois escritos: Um incidente na vida de Makar, escrito em 1892, e, Como aprendi a escrever, publicado, muito mais tarde, em 1912.

Após sair da prisão em 1901, começa a escrever para teatro, escreve Pequenos Burgueses, peça teatral, a qual, segundo críticos atuais, se Gorki escrevesse hoje, não mudaria uma única palavra. O texto foi concebido em 1900, quando ainda se encontrava preso, e Gorki trabalhou algum tempo na peça, até que ela atingisse uma forma satisfatória. No início tinha o título de: Cenas em Casa dos Bessemov, Esboço Dramático em Quatro Atos. Na verdade, a peça não segue uma linha de ação única, mas é antes um mosaico de situações e personagens representativas da vida russa da época. As personagens de Pequenos Burgueses vivem num meio mesquinho, revelando-se quase sempre impotentes para vencer as barreiras desse meio. A impotência, em vários níveis, é o único elemento comum a todas elas. Cada um por seus motivos não consegue romper o asfixiante círculo familiar. A peça mostra o conflito entre os membros de uma família de comerciantes, dominada pela figura do pai autoritário que reprime os impulsos do filho intelectual e da filha deprimida. O único insurgente é o filho adotivo, o ferroviário Nill, que Gorki elege como uma espécie de operário do ano, isto é, um herói que vai conduzir a Rússia à revolução.

Ainda em 1901, em julho, escreve Ralé, peça em que a fala é menos pronunciável e os gestos reconstituídos que o intangível fluxo de almas humanas no interminável e escorregadio contato de uma com as outras. A peça reúne suas cambiantes sobre um foco definido e sua conclusão tem uma firmeza clássica. Em 1902 acontece a estréia de Pequenos Burgueses no Teatro de Arte de Moscou, e a peça obtém um grande sucesso, mesmo com os cortes impostos pela censura.

Solitude - Sérgio Brota

Comecei a ler no dia 14/01/2011 e acabei de ler no dia 15/01/2011.

"A viagem é uma forma privilegiada de acesso ao conhecimento; possibilita a reflexão e o crescimento pessoal. Por isso, quem tem alma de viajante procura a diferença, não a semelhança. E ser viajante é muito mais do que ser turista: é percorrer o mundo como uma criança , mastigar devagar alimentos que não se conhecem, experimentar sensações novas, ver tudo como se fosse a primeira vez; é deixar que outras pessoas e outras culturas nos emocionem e nos deixem mais ricos como seres humanos." Roland Barthes



Sérgio Brota nasceu em 1977. Um eterno apaixonado pelo tema das viagens, foi autor de vários projectos associados a mais de trinta países em quatro continentes e tem várias publicações e exposições fotográficas, de onde se destacam “Ventos de lá” e “A estação do frio” as mais reconhecidas, como freelancer. As viagens aconteceram por acaso. Hoje são um modo de vida e um vício e delas nasceu “Solitude”, um livro que conta histórias do mundo.
As fotografias, tal como as viagens são “companheiras que, no fundo, misturavam uma vontade profunda de correr para lugares improváveis, conhecer novas culturas e experiências de vida com o desejo de trazer momentos irrepetíveis”, lê-se no seu site. Do mundo que abraça, faz um lugar de conhecimento e de troca de experiências: “Quem viaja sozinho procura a diferença, não a semelhança. Torna-se, de um modo natural, mais compreensivo e, por isso, com muito mais possibilidades de ter boas experiências. Existe uma partilha diferente de quando viajamos com alguém conhecido, é uma partilha com quem nos cruzamos. Isso dá um sabor especial às experiências.”



Dos lugares desse mundo que diariamente se reinventa, realça dois: “A Patagónia, o sul da Argentina e do Chile, porque considero uma viagem lindíssima em termos de natureza. Os espaços são gigantescos, em especial para nós, que estamos habituados à ideia de espaço europeu, e absolutamente encantadores. Tem montanha, planícies, praia, neve, boa comida, bom vinho e excelentes pessoas. A outra viagem é o Transiberiano, e recordo-a sobretudo pelo desafio que deixa a cada pessoa que o faz. Não é uma viagem fácil mas é (quase) uma lição de vida, por tudo aquilo a que obriga a passar e, inevitavelmente, pela sua história.” Histórias, há muitas. Mas as que nascem do futebol têm um sabor especial: “As histórias mais giras costumam começar pelo futebol, curiosamente. Ao longo dos anos percebi a universalidade dessa linguagem, que Figo e Ronaldo são sempre dois bons inícios de conversa ou a melhor maneira de passarmos de desconhecidos a grandes-amigos-aos-quais-devemos-pagar-umas-bebidas e outras vezes confundirem-nos com o Nuno Gomes, também facilita o diálogo com Agentes de Fronteira mal-humorados. Houve muitas personagens engraçadas ao longo das viagens, muita mímica hilariante para perguntar a um vendedor à beira da estrada se o que vende é queijo de cabra ou de ovelha, para comunicar com um siberiano que veste uma t-shirt que diz ‘Algarve’ ou aprender a jogar Carrom Board num pequeno café de aldeia nos Himalaias … Quase todas as situações acabam numa foto com todos a rir. Acho que isso as torna giras, não é?”
Da primeira viagem, fala com um orgulho grande: “Lembro-me da viagem que deu o impulso decisivo para continuar, feita em conjunto com um grande amigo a um país absolutamente apaixonante, a Eslovénia. Na altura tínhamos pouca experiência nisto das viagens mas ainda assim decidimos sair à descoberta duma nação que tinha saído há pouco tempo de uma situação complicada [com os países da antiga Jugoslávia]. Juntamo-nos, viajamos de avião até à costa italiana e alugamos um carro, iniciando aí a descoberta e a aventura, que começou logo a partir da fronteira. Até essa data só conhecíamos a Europa, tínhamos perspectivas diferentes do mundo, mas ainda hoje ambos recordamos essa viagem muitas vezes de um modo muito especial.”

sexta-feira, janeiro 14, 2011

O Calafrio - Henry James

Li este livro no dia 13 de Janeiro de 2011.

«Uma jovem perceptora aceita um cargo que lhe parece vir a ser ideal: o de cuidar de duas crianças órfãs, de grande docilidade, beleza e inteligência. Mas a sua felicidade com o lugar que conseguiu em breve desvanecer-se. Especialmente quando vê pessoas estranhas a rondar a casa à procura de algo ou alguém. E especialmente quando vem a descobrir que essas pessoas estão mortas. »



Henry James (Nova York, 15 de abril de 1843 — Londres, 28 de fevereiro de 1916) foi um escritor norte-americano, naturalizado britânico em 1915. Uma das principais figuras do realismo na literatura do século XIX. Autor de alguns dos romances, contos e críticas literárias mais importantes da literatura de língua inglesa.

Filho do teólogo Henry James Senior e irmão do filósofo e psicólogo William James.

Seu pai era um homem culto, filósofo, e fazia questão que os filhos recebessem uma ótima educação. Por isso viajou com a família para a Europa, em 1855, quando Henry tinha 12 anos, e durante três anos percorreram Inglaterra, Suíça e França, visitando museus, bibliotecas e teatros.

Regressaram aos Estados Unidos em 1858, para viajar de novo a Genebra e Bonn no ano seguinte. Em 1860, já estavam de volta a Newport, onde Henry e William - o irmão mais velho que se tornaria psicólogo e filósofo - estudaram com o pintor William Morris Hunt.



Henry começou a carreira de direito em Harvard em 1862. Mais interessado na leitura de Balzac, Hawthorne e George Sand e nas relações com intelectuais como Charles Eliot Norton e William Dean Howels, abandonou o direito para se dedicar à literatura. Seus primeiros textos e críticas apareceram em alguns jornais.

No começo de 1869, foi à Inglaterra, Suíça, Itália e França, países que lhe forneceriam uma grande quantidade de material para suas obras. Regressou a Cambridge em 1875. Viveu um ano em Paris, onde conheceu o círculo de Flaubert (Daudet, Maupassant, Zola) e, em 1876, fixou-se em Londres, onde escreveu a maior parte de sua extensa obra.

A carreira literária de Henry James teve três etapas. A primeira foi na década de 1870, com "Roderick Hudson" (1876), "The American" (1877) e "Daisy Miller" (1879) e culminou com a publicação de "Retrato de Uma Senhora", em 1881, cujo tema é o confronto entre o novo mundo com os valores do velho continente.

Na segunda etapa, James experimentou diversos temas e formas. De 1885 até 1890, escreveu três novelas de conteúdo político e social, "The Bostonians" (1886), "The Princess Casamassima" (1886) e "The Tragic Muse" (1889), histórias sobre reformadores e revolucionários que revelam a influência da corrente naturalista.

Nos anos 1890-1895, chamados "os anos dramáticos", James escreveu sete obras de teatro, das quais duas foram encenadas, com pouco êxito. James voltou à narrativa com "A Morte do Leão" (1894), "The Coxon Fund" (1894), "The Next Time" (1895), "What Maisie Knew" (1897) e "Outra volta do parafuso" (1898).

As obras "The Beast in the Jungle" (1903), "The Great Good Place" (1900) e "The Jolly Corner" (1909), fazem parte da última etapa do trabalho de James, considerada por muitos críticos[quem?] como a mais importante, quando o autor explora o complexo funcionamento da consciência humana. Sua prosa torna-se densa, com a sintaxe cada vez mais intrincada. Essas características definem as três grandes obras dessa etapa final, "As Asas da Pomba" (1902), "Os Embaixadores" (1903) e "A Taça de Ouro" (1904).

Além dos romances, relatos curtos e obras de teatro, o autor deixou inúmeros ensaios sobre viagens, críticas literárias, cartas, e três obras autobiográficas. Os últimos anos da sua vida transcorreram em absoluto isolamento na sua casa, que só deixou em 1904 para regressar brevemente aos Estados Unidos depois de 20 anos de ausência.

Em 1915, com a Primeira Guerra Mundial, James adotou a cidadania britânica. Morreu aos 72 anos, pouco depois de receber a Ordem do Mérito britânica.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Alma de Viajante - Filipe Morato Gomes

Comecei a ler este livro no dia 11/01/2011 e acabei no dia 12/01/2011.

O livro é um relato apaixonante dos 14 meses desta viagem solitária à volta do mundo que, semana após semana, o Jornal Público editou com o título "volta ao Mundo", no seu suplemento "Fugas" . Mais do que um relato de viagem, este livro é uma viagem de emoções.



Filipe Morato Gomes é o fundador e actual editor do site de viagens Alma de Viajante. Nasceu no Porto, corria o ano de 1971, e costuma dizer que é uma mescla de jornalista de viagens, designer gráfico, e viajante. Dedica-se, actualmente, a viajar - ofício a que, convenhamos, custa chamar profissão. Mas escreve e fotografa - coisa mais “digna” -, registos que vai publicando em revistas de viagens em Portugal e no Brasil, para além do referido espaço online. Em 2007, editou o homónimo livro “Alma de Viajante”, resultado final de uma volta ao mundo com 14 meses de duração.




Site: http://www.almadeviajante.com

terça-feira, janeiro 11, 2011

Uma Ideia da India - Alberto Moravia

Comecei a ler este livro no dia 08/01/2011 e acabei no dia 10/01/2011.

“A Índia não é um país bonito como, por exemplo, a Itália, nem pitoresco como, por exemplo o Japão. A Índia é um continente em que são dignos de interesse, sobretudo, os aspectos humanos. Desse ponto de vista, a Índia é com certeza a nação mais original de toda a Ásia, pelo menos para nós, europeus, que logo tentamos descobrir semelhanças e afinidades que procuraremos em vão na China ou no Japão. A aventura política, social, religiosa e artística daquele ramo da estirpe nórdica que, em vez de se dirigir para a Europa, desceu ao subcontinente, é plena de fascínio e de ensinamentos para os europeus. Diríamos mesmo que não se pode compreender por completo a civilização europeia se não se conhecer a Índia.”



Alberto Moravia, pseudônimo de Alberto Pincherle (Roma, 28 de novembro de 1907 — Roma, 26 de setembro de 1990) foi um escritor e jornalista italiano. O nome Moravia como será conhecido mundialmente era de sua avó paterna. Seu pai,Carlo Pincherle Moravia, arquiteto e pintor era nascido em Veneza, de uma família judaica. Sua mãe, Teresa Iginia De Marsanich, era de Ancona .

Quando jovem, Moravia sofreu de tuberculose e teve de passar uma significativa parte de sua adolescência em convalescência, tendo sido prejudicado nos estudos.



Começou escrevendo para a revista 900 onde publicou seu primeiro conto. Escreveu sua primeira novela,Os Indiferentes em 1929. Trabalhou durante muitos anos no jornal Il Corriere della Sera, tendo viajado para a Inglaterra, onde morou dois anos, aos Estados Unidos, México e China.

Em Abril de 1945 casa-se com Elsa Morante. Autor considerado persona non grata pelo regime fascista de Mussolini, é obrigado a trabalhar como roteirista cinematográfico sob outro nome, por causa das leis raciais vigentes. No pós-guerra, volta a trabalhar como escritor e roteirista,conhecendo Pier Paolo Pasolini e também começa a trabalhar como crítico cinematográfico no L'Expresso. Foi também eleito representante da Itália no Parlamento europeu, por uma lista do PCI, de 1984 até sua morte.

O Mundo é Fácil - Gonçalo Cadilhe

Comecei a ler este livro no dia 4/01/2011 e acabei no dia 07/01/2011.

Desde há cinco anos que as viagens de Gonçalo Cadilhe apaixonam os leitores. Desta vez, e porque a sua experiência assim o permite, o viajante-escritor mais popular da actualidade apresenta um guia de viagens único e imprescindível que se vai revelar da maior utilidade na mala de qualquer turista ou viajante mais ou menos ousado. O Mundo é Fácil partilha com o leitor as dicas para a viagem perfeita e inesquecível. Sozinho ou acompanhado, antes de partir, durante e no final da viagem, saiba o que pode encontrar e o que é fundamental levar. Seja por três dias ou seis meses aprenda todos os pormenores sobre a arte de bem viajar. Tranquilo ou radical, aqui ou no Extremo-Oriente, este é o guia que não pode deixar de fazer parte da bagagem da sua próxima viagem.




Gonçalo Cadilhe nasceu na Figueira da Foz em 1968, onde reside habitualmente. Precisou de uma licenciatura em Gestão de Empresas e de sete meses a picar o ponto para compreender que não tinha percebido nada da vida: tudo o que lhe interessava se encontrava na direcção oposta. Despediu-se do emprego, da família e do país e começou a viajar e a escrever. Iniciou a actividade de jornalista independente na Grande Reportagem, colaborando actualmente com o Expresso. Ao longo de uma deliciosa carreira que não o levou ainda a lado nenhum, para sua grande felicidade, excepto aos lugares mais remotos do planeta, continua a guiar a sua actividade literária pelo princípio sagrado de escrever para comer.