quarta-feira, março 20, 2013

Em parte Incerta

O casamento pode dar cabo de uma pessoa…
Uma manhã de verão no Missouri. Nick e Amy celebram o quinto aniversário de casamento. Enquanto se fazem reservas e embrulham presentes, a bela Amy desaparece. E quando Nick começa a ler o diário da mulher, descobre coisas verdadeiramente inesperadas…
Com a pressão da polícia e dos media, Nick começa a desenrolar um rol de mentiras, falsidades e comportamentos pouco adequados. Mostra-se evasivo, é verdade, e amargo – mas será mesmo um assassino?
Entretanto, todos os casais da cidade se perguntam já se conhecem de facto a pessoa que amam. Nick, apoiado pela gémea Margo, assegura que é inocente. A questão é que, se não foi ele, onde está a sua mulher? E o que estaria dentro daquela caixa de prata escondida atrás do armário de Amy?
Com uma escrita incisiva e a sua habitual perspicácia psicológica, Gillian Flynn dá vida a um thriller rápido e muito negro que confirma o seu estatuto de uma das melhores escritoras do género.
Em Parte Incerta
não é só um thriller é também um retrato da vida privada e comum nos Estados Unidos hoje, o quadro de uma época: desemprego, casas hipotecadas, a dificuldade em manter um casamento nos dias que correm, a relação entre irmãos, pais e filhos, noras e genros e sogros.

«O retrato de um casamento tão aterrador e hilariante que o vai fazer pensar em quem é de facto a pessoa no outro lado da sua cama.» Time


A minha opinião:

Este livro está muito bem estruturado e muito bem escrito. As personagens são o mais importante em todo este enredo.
Um emareado de pensamentos, ações, ir ao mais funda das relações humanas, dos nossos pensamentos, as nossas emoções. E facto de pensarmos nas nossas ações com vários interesses por trás. Saber o que as outras pensam e sobre o que eles julgam das nossas ações.
As pessoas são umas falsas, aparentam ser uma pessoa que não são. O facto de na nossa sociedade temos que fingir ser outra pessoa, temos que ser perfeitos “perfeitos”.

Existe um ditado que diz : “A mulher de César ... além de ser séria tem de o parecer. Ou seja, o casamento entre Amy e Nick, estes tinham que perante a sociedade aparentar ter um casamento perfeito, mas no fundo não era nada verdade.

 

A personagem da Amy está muito bem construída, na primeira parte do livro, quando apareciam as entradas do diário dela, levaram-nos a pensar que o que ela esta a escrever era a verdade e começamos imediatamente a fazer acusações e suposições que o seu marido realmente era um canalha, um insensível possível de cometer um crime e conseguir oculta-lo até da policia… mas não que toda a história leva uma reviravolta de 180º.
O que nos leva a ficar presos no enredo e tentarmos descobrir até que ponto a sua “santa”, “bonita”, “incrível” esposa é capaz de ir para o incriminar de um crime que ele não cometeu.
Todas as provas, todas as pistas deixadas por ela, a antecedência com que ela conseguiu pensar e preparar as coisas para que tudo acontecesse como ela queria. “INCRIVEL!!!”.
Existe uma frase da Amy no livro que mostra como ela é possessiva. “…o meu novo Nick. Nick que me vai amar, honrar e obedecer.” Aqui acho que está tudo explicado, ela quer o amor de uma pessoa, mas essa pessoa tem que ser tão submissa até ao ponto de ter que lhe obedecer. Uma relação muito doentia. Amy é uma pessoa extremamente doente e doentia.

Recomendo, um bom livro de suspense e um bom policial.

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