Várias crianças desapareceram nas mais macabras circunstâncias, sem que a polícia encontre qualquer explicação. Pietro, de 14 anos, é autista. Vê o mundo de forma diferente e vive numa prisão de silêncio, incapaz de comunicar. É, porém, o único que sabe que algo de terrivelmente brutal está a acontecer no seu bairro. Depois de ser atacado por um grupo de três rapazes, começa a fazer estranhos desenhos de um velho vestido de negro, o Homem dos Sonhos.
Ninguém lhes dá grande valor senão Alice, a sua psicoterapeuta, que suspeita que o velho pode estar associado aos desaparecimentos.
Os desenhos de Pietro trazem a Alice recordações de infância, ocultas na memória durante muitos anos: Denny, seu colega de escola, tinha sete anos e um pai alcoólico. Sofria maus tratos constantes em casa e nas aulas e procurava refúgio da realidade na sua poderosa imaginação.
O que acontece quando a imaginação de uma criança é tão forte e desesperada que se torna capaz de criar um monstro, um monstro real, que se alimenta do ódio e do ressentimento, um devorador de almas sem meio de se saciar? Agora que Pietro desenhou o Homem dos Sonhos, será ele a próxima vítima?
O Devorador é uma história feita de sonhos e de medos, onde a fantasia e a realidade se confundem para criar um mistério inquietante.
A minha opinão:
Com referências ao escritor Stephen King, só podíamos esperar
uma história com misturas entre o real e o sobrenatural que no final nos
provoca medo.
A este livro dou duas estrelas em vez de cinco, pois o enredo é
interessante, as personagens estão bem estruturadas e bem descritas, mas desde
que li a sinopse do livro deu-me a entender que era uma história sobre a
investigação do desaparecimento de algumas crianças. Nada me leva a crer que é
uma história sobre o sobrenatural, sobre uma “entidade” malévola que tinha a capacidade
de “devorar” crianças que se haviam portado mal.
A descrição das crianças que provem de lares com relações
familiares destruídas e com problemas horrendos, é bem real e possante. A
descrição da personagem de Pietro, sobre o autismo e o síndrome de Asperger, é bastante
estimulante e honesta.
O relacionamento entre as outras crianças e a interação com
personagem de Pietro, fazem-nos pensar como as outras crianças podem ser tão cruéis,
quando com tão terna idade deviam de ser puras e verdadeiras. No resumo que
faço do livro, é que não consegui bem entender a moral da história. Não
apreciei o livro.
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