domingo, maio 10, 2009

Viagem ao Centro da Terra - Julio Verne

Comecei a ler este livro no dia 3/5/2009 e acabei no dia 8/5/2009.

Mais um livro para o Desafio Filmes dos Livros.
Gostei bastante... mas o filme está muito diferente do livro, foi bastante actualizado para os nossos tempos.


Em conjunto com 20 000 Léguas Submarinas, a Viagem ao Centro da Terra (1864) é um dos mais famosos romances de Júlio Verne.
Depois de descobrir e decifrar um misterioso manuscrito rúnico, onde um alquimista islandês afirma ter ido ao centro da Terra, o Professor Otto Lidenbrock, o seu sobrinho Axel e Hans, um caçador islandês, partem numa grandiosa viagem às profundezas da Terra. E é então que começa a verdadeira aventura. Um novo mundo aguarda-os, um mundo onde o tempo parou… onde os dinossáurios ainda andam pelas florestas, gigantescos animais dominam os mares e homens pré-históricos habitam as cavernas.
Mas conseguirá o grupo regressar a casa e abandonar um mundo repleto de perigos?



Jules Verne (aportuguesado para Júlio Verne) (Nantes, 8 de Fevereiro de 1828 — Amiens, 24 de Março de 1905) foi um escritor francês.

Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado (avoué), e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de um família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.

Infância e juventude

Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com nove anos foi mandado para o colégio com seu irmão Paul. Mais tarde, seu pai, com a esperança de que o filho seguisse sua carreira de advogado, enviou o jovem Júlio para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de operetas e pequenas histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito lhe garantir alguma estabilidade financeira. Foi quando conheceu uma viúva com duas filhas chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e teve em 1861 um filho chamado Michel Jean Pierre Verne. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo.

Carreira literária

A carreira literária de Júlio Verne começou a se destacar quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian.

Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão. Essa história continha detalhes tão minunciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa.

Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.



O sucesso de Cinco semanas em um balão lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novo livro de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem ao centro da terra, A volta ao mundo em oitenta dias, Da terra à lua, Robur - o conquistador.

Seu último livro publicado foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado por bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou Verne a não publicá-lo na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.

Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 70 livros.

Últimos anos

Michel, seu filho, era considerado um rapaz rebelde, e não seguiu as orientações do pai. Júlio Verne mandou o seu filho, aos 16 anos, em uma viagem de instrução em um navio, por 18 meses, com esperança que a disciplina a bordo e a vida no mar corrigissem o seu carácter rebelde, mas de nada adiantou. Michel não se corrigiu e acabou por casar com uma actriz, contra a vontade do pai, tendo com ela dois filhos.

Em 9 de Março de 1886, seu sobrinho Gaston deu dois tiros contra o autor, quando este chegava em casa na cidade de Amiens. Um dos tiros o atingiu no ombro e demorou a cicatrizar, o outro atingiu o tornozelo, deixando-o coxo nos seus últimos 19 anos de vida. Não se sabe bem por que seu sobrinho tenha cometido o atentado, mas ele foi considerado louco e internado em um manicômio até o final da vida. Este episódio serviu para aproximar pai e filho, pois Michel vendo-se em vias de perder o pai passou a encarar a vida com mais seriedade. Neste mesmo ano, morria o editor Pierre Hetzel, grande amigo de Júlio Verne, facto que o deixou muito abalado.

Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso erróneo da tecnologia e os seus impactos ambientais, sua principal preocupação naquela época. Continuou sua obra até a sua morte em 24 de Março de 1905. O seu filho Michel editou seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que estavam faltando, quando da morte do pai.

Adaptações
Do conjunto das obras de Júlio Verne, trinta e três foram levadas ao cinema, dando lugar a um total de noventa e cinco filmes, sem contar com as adaptações para séries de televisão. A obra mais vezes adaptada foi Miguel Strogoff (dezesseis vezes), seguida de Vinte Mil Léguas Submarinas (nove vezes) e Viagem ao Centro da Terra (cinco vezes).


Principais filmes baseados nas suas obras
Viagem à Lua, de 1902, realizado por Georges Méliès.
A ilha misteriosa, de 1951, realizado por Spencer Gordon Bennet e protagonizada por Richard Crane.
20.000 léguas submarinas, de 1954, realizado por Richard Fleischer com Kirk Douglas no papel de Ned e James Mason como o capitão Nemo.
Michel Strogoff, de 1956, realizado por Carmine Gallone e com Curd Jürgens como Miguel Strogoff.
A volta ao mundo em 80 dias, de 1956, realizado por Michael Anderson com David Niven como Phileas Fogg e Cantinflas como Passpartout.
Da Terra à Lua, de 1958, realizado por Byron Haskin com Joseph Cotten, Debra Paget e George Sanders.
Viagem ao centro da Terra, de 1959, realizado por Henry Levin e protagonizada por James Mason.
A ilha misteriosa, de 1961, realizado por Cy Endfield com Michael Craig como protagonista.
Os filhos do capitão Grant, de 1962, realizado por Robert Stevenson e com Maurice Chevalier, George Sanders e Hayley Mills como protagonistas.
Cinco semanas em balão, de 1962, realizado por Irwin Allen, com Red Buttons e Barbara Eden.
O farol do fim do mundo, de 1971, realizado por Kevin Billington e interpretado por Kirk Douglas, Yul Brynner e Fernando Rey.
A volta ao mundo em 80 dias, de 2004, realizado por Frank Coraci, com Jackie Chan.
A ilha misteriosa de Júlio Verne, filme para a televisão de 2005, realizado por Russell Mulcahy e interpretado por Kyle MacLachlan, Patrick Stewart e Gabrielle Anwar.
Viagem ao centro da terra, de 2008, realizado por Eric Brevig e interpretado por Brendan Fraser, Josh Hutcherson e Anita Briem.

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