segunda-feira, agosto 19, 2013

Pedra Pagã - Nora Roberts

A Pedra Pagã existe há centenas de anos, muito antes de três rapazes se terem reunido à sua volta e derramado sangue num pacto de irmãos, libertando inconscientemente uma força malévola desejosa de caos e destruição. Um desses rapazes, Gage Turner, foge do seu passado desde há muito tempo. Filho de um pai alcoólico abusivo, a sua infância na cidade de Hollow foi tudo menos fácil, e só a amizade com Fox e Caleb o salvaram.
Mas ao libertarem o mal sobre a sua terra natal, iniciando um ciclo de loucura e crime a cada sete anos, Gage sabe que terá que ajudar os seus amigos a salvar a cidade onde cresceu. Depois de uma vida inteira solitária, conseguirá ele criar laços emocionais com as três mulheres a quem está preso pelo destino, em especial Cybil? Uma história de amor em que só abrindo o coração se pode almejar derrotar as trevas.

A minha opinião:

Um fim de uma grande aventura, o fim de mais uma trilogia da grande escritora Nora Roberts. E que grande final, numa luta entre o Bem e o Mal, entre a Luz e a Escuridão, uma batalha em que os humanos vencem as forças malignas, em que a força da coragem, da amizade entre três amigos que nasceram no mesmo dia e as suas respetivas namoradas conseguem mostrar que a união e as energias positivas conseguem vencer a tristeza, o mal, o odio e o rancor.

Sim é verdade que é mais uma trilogia, que esta escritora nos tem vindo a habituar, quando junta ou três irmãs/irmãos e depois hão de sempre encontrar os seus respetivos amores/paixões, que no final acabam sempre por casar e viver felizes para sempre. É o tipo de romance que já estamos habituados e que estão sempre muito bem construídos. As personagens são credíveis e muito comprazíeis, que ao lê-las gostamos sempre de nos identificar com alguma das suas características. Os cenários são encantadores, muito bem descritos, uma pequena cidade onde todos se conhecem e onde apetece morar, uma típica cidade rural dos Estados Unidos.


Outras opiniões:
Neste terceiro e último livro da Trilogia dos Sete, Nora Roberts dá destaque a Gage e Cybil. Se Gage tem os seus fantasmas, com o falecimento da mãe e irmão por nascer e o histórico de álcool e violência do pai, Cybil carrega o fardo do suicídio do pai. Ambos partilham a dor da perda, mas também o dom da visão do futuro.

Como era de esperar, vão ser eles que tomarão a linha da frente na luta final de 7 de julho, o tudo ou nada contra o mal que se iniciou muito séculos atrás e que já custou muitas e muitas vidas, comprometendo agora toda uma cidade.

Se muito é previsível para quem já leu os dois livros anteriores, outro tanto nos surpreende, tendo Nora Roberts guardado umas quantas surpresas para este livro, algumas delas que envolvem as seis personagens centrais desta trilogia que, ao contrário de muitas outras dela, mantém todas as personagens ativas e bem presentes ao longo dos três livros, onde tanto as personagens femininas como as masculinos tomam a dianteira e surgem plenamente desenvolvidas durante a história.

Mas terminará tudo bem? Vencerá o bem? Mas a que custo? Desde o primeiro livro que se fala no sacrifício de sangue para vencer o mal. Significará que um deles tem de dar a vida por todos os que cá ficam? Isso só saberá mesmo nas últimas páginas.

Enquanto leitora regular desta autora, em especial das suas sagas e trilogias, considero esta uma boa história que recomendo sem reserva.

Destaco como pontos fortes o bom trabalho de desenvolvimento das personagens, o destaque equilibrado entre todas as centrais, em especial neste último livro; a abordagem consistente ao paranormal; e aquele aspeto que me faz continuar a ler os livros desta autora, a capacidade de nos envolver e transportar para a ação, vivendo-a a par com as personagens.

Deixa, no entanto, vontade de mais umas quantas páginas, em virtude dos acontecimentos que são referidos mas cujo desenrolar já não acompanhamos. Um epílogo alguns meses mais à frente seria a cereja no cimo do bolo.

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