Comecei a ler este livro no dia 18/10/2010 e acabei no dia 23/10/2010.
Skeeter tem vinte e dois anos e acabou de regressar da universidade a Jackson, Mississippi. Mas estamos em 1962, e a sua mãe só irá descansar quando a filha tiver uma aliança no dedo.
Aibileen é uma criada negra, uma mulher sábia que viu crescer dezassete crianças. Quando o seu próprio filho morre num acidente, algo se quebra dentro dela. Minny, a melhor amiga de Aibileen, é provavelmente a mulher com a língua mais afiada do Mississippi. Cozinha divinamente, mas tem sérias dificuldades em manter o emprego… até ao momento em que encontra uma senhora nova na cidade.
Estas três personagens extraordinárias irão cruzar-se e iniciar um projecto que mudará a sua cidade e as vidas de todas as mulheres, criadas e senhoras, que habitam Jackson. São as suas vozes que nos contam esta história inesquecível cheia de humor, esperança e tristeza.
Uma história que conquistou a América e está a conquistar o mundo.
A história é-nos contada a três vozes: Aibeleen e Minny, duas criadas negras, e Skeeter, uma jovem branca. Aibellen tem especial jeito para crianças e é notório o carinho que dedica à pequena Mae Mobley, filha da sua mais recente senhora. Minny é uma mulher impetuosa, que diz o que pensa e que arranja constantemente problemas devido a isso — no início da história, encontra-se desempregada mas surge-lhe uma oportunidade de emprego, para servir uma senhora muito peculiar. Skeeter é uma jovem desenquadrada no meio em que se insere: alta, magra e sem ser considerada uma beleza, acalenta o sonho de um dia se tornar escritora. Para além de tudo isso, sente-se muitas vezes incomodada com a forma como o seu círculo de “amizades” trata as empregadas e com a naturalidade com que a discriminação é encarada.
Kathryn Stockett estreou-se como escritora com este livro, cujo enredo decorre nos anos 60 em Jackson, no Mississípi, Sul dos Estados Unidos, numa altura em que a segregação racial já começava a ser contestada, mas ainda prevalecia neste estado americano em particular. Como refere nas notas finais deste livro, a autora, também ela oriunda de Jackson, decidiu contar uma história decorrida nessa época sensível e violenta que vivenciou enquanto criança, ela própria praticamente criada por uma criada negra.
Eu tenho um sonho…Estou feliz por juntar-me a vós, hoje, o dia que ficará para a história como o da maior manifestação pela liberdade nos anais da nossa nação.
…
Seria fatal não levar a sério a urgência do momento.
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Digo-vos hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e das frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado do seu credo: “Consideramos estas verdades como evidentes em si mesmas: todos os homens são criados iguais”.
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Sonho que um dia todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas, os lugares inóspitos serão amenizados, os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão, conjuntamente.
…
Esta é a nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao sul.
…
Que a liberdade ressoe dos prodigiosos cabeços do Novo Hampshire!
Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque!
Que a liberdade ressoe dos montes Alleghenies da Pensilvania!
Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve da Cordilheira Rochosa do Colorado!
Que a liberdade ressoe das encostas curvilíneas da Califórnia!
Que a liberdade ressoe da Montanha Rochosa da Geórgia!
Que a liberdade ressoe da cidade de Lookout Mountain no Tennessee!
Que a liberdade ressoe de cada monte e de cada pequena elevação do Mississipi!
Que de cada lado das montanhas da liberdade ressoe!
Quando tal acontecer, quando deixarmos a liberdade ressoar em cada vila e em cada aldeia, em cada estado e em cada cidade, seremos capazes de apressar o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar as mãos e cantar o antigo espiritual negro: “Por fim, liberdade! Por fim, liberdade! Louvado seja Deus, Todo Poderoso, somos livres, finalmente!”
Martin Luther king Jr., 1967
1 comentário:
Tenho este livro mas ainda não o li. Tenho de ver se passo p a frente da lista...
http://otempoentreosmeuslivros.blogspot.com
Boas leituras!
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