Comecei a ler o livro no dia 29 de Dezembro de 2009 e acabei no dia 03/01/2010.
Em 15 de Setembro de 1955, foram colocados à venda os primeiros exemplares de “Lolita” do escritor Vladimir Nabokov.
Gerador de grande controvérsia, o romance, rapidamente traduzido em todas as línguas, é hoje considerado um dos clássicos da literatura do século xx, tendo sido adaptado por duas vezes ao cinema com assinalável êxito.
"'Lolita' é uma das obras mais polémicas da literatura americana. Foi inicialmente recusada por vários editores devido ao conteúdo considerado demasiado mórbido para o sentido de pudor do público. O romance foi publicado pela primeira vez em Paris, no ano de 1955, tendo sido acolhido com opiniões discordantes: houve quem o definisse como um dos melhores do ano e quem o condenasse como pornografia pura. A obra só viria a ser publicada nos Estados Unidos em 1958, depois de superadas diversas dificuldades, conquistando rapidamente o topo das tabelas de venda. 'Lolita' é, de certo modo, uma história de pedofilia, sendo, porém, e sobretudo, uma apaixonada história de amor e destruição, escrita por Nabokov com grande intensidade evocativa e com elegante e irónico desespero. O protagonista é o maduro e inquieto professor Humbert, que sempre se sentira atraído por meninas. Encontrando-se na cadeia a aguardar julgamento por homicídio, narra, através da fórmula da confissão-memória, a irreprimível e desastrosa atracção por Lolita, a filha de doze anos da sua senhoria..."
Escritor norte-americano de origem russa, nascido em 1899 e falecido em 1977, exilou-se com a família na Inglaterra, França e Alemanha. Neste último país, escreveu, em russo, a primeira parte da sua obra literária, de entre a qual se destaca Mashenka e Glória.
Em 1940 partiu para os Estados Unidos da América, adquirindo a nacionalidade americana em 1945. Começou a escrever em inglês, mantendo, nas obras deste período, o fundo fantástico, a visão irónica da vida quotidiana e a mestria formal que já havia demonstrado, e almejou levar a cabo um retrato da sociedade norte-americana através das suas convenções culturais e posturas perante o sexo.
São dignas de nota as narrativas: "Invitation to a Beheading", "The Real Life of Sebastian Knight", "Lolita", um grande êxito editorial transposto para o cinema por S. Kubrick e cujo argumento se baseia nos amores de um homem adulto por uma adolescente, "Pale Fir", Pnin, Ada; or Ardor: A Family Chronicle" e "Speak Memory".
1 comentário:
É impressionante como Nabokov brinca com a linguagem... o livro é repleto de jogos linguísticos que contribuem para a construção geral do sentido da obra... muito bom, aprovadíssimo!!!
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